segunda-feira, 15 de junho de 2015

Humanismo nas Sociedades Pós Modernas

HUMANISMO NAS SOCIEDADES PÓS- MODERNAS

Na sociedade pós-moderna o humanismo encontra-se perdido, o ser humano vive em uma tentativa desesperada pelo simples motivo: “ser humano”, onde a demanda contemporânea é sufocante, fria, competitiva e esmagadora.
O homem torna-se máquina a partir da ciência moderna. O cientificismo, a mecanização que a tecnologia provocou a nível sociológico afastou o homem de sua essência humana, lembrando-se da frase: “o homem é lobo do homem” de Thomas Hobbes, no sentido de que há uma autodestruição em massa em busca do poder, status.
A sociedade capitalista, pós-moderna, mantém a fé no imediatismo, que lhe traz comodidades, facilidades, entretanto, esquecendo-se das relações interpessoais, da importância do olhar, das sensações, não abre mão das suas próprias conquistas evolutivas.
O sujeito pós-moderno matou Deus, em sua prepotência, onisciência, tomando seu lugar. Em minha opinião, é o início do fim da humanidade, a não ser que tudo se transforme.
Os replicantes do filme pretendem evoluir mais que o ser humano, mas existe um prazo de vida, o que os deixa indignados, em tal proporção que, começa uma guerra entre eles. O mundo da razão destruiu valores, princípios, a moral e a ética, permeando um descontentamento com o todo, apesar de toda conquista “cravada”.
Segundo o filósofo, Jorge Alemán, a falta de respeito é a falta de distância simbólica que implica o conceito psicanalítico de castração. Desaparecimento da memória; declínio da imagem paterna; aumento do racismo; globalização.
Época pós-moderna, retratada no filme, onde o machismo ainda predomina. Esquizofrenia do sujeito moderno que se fragmentou em múltiplas identidades contraditórias e mal resolvidas. Vivemos uma busca incessante através do holismo com sua procura por uma unidade, que na realidade não existe, pois é pela multiplicidade que os diferentes seres se relacionam.
Tenho a impressão que as pessoas “se suportam”, pelo fato da ausência de respostas emocionais que denunciam a artificialidade na qual estamos inseridos, pois o ser humano necessita de troca, afeto, de um sentido na vida que lhe dê um real, nem que seja imaginário, mas de prazer de estar no mundo. Hoje, a desalienação é perigosa, pois é excludente.
“Os bonecos” do filme, alimentados pela tecnologia exacerbada, representa o mundo artificial, virtual no qual vivemos. Estamos comprometidos em contratos temporários, nos âmbitos emocionais, ocupacionais, entre outros.
Para finalizar, ressalto a importância da transcendência, pois é essencial ao homem, sendo quase inato ao ser humano a necessidade de apoiar-se à algum superior, seja ele de qualquer crença, algo que venha do além, que não podemos ver, e sim sentir.           


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